Que a paz de Cristo seja com todos!
Resolvi escrever uma série de mensagens para as mamães que, assim como eu, passaram pelos dilemas trazidos pela maternidade.
A maternidade é o sonho de (quase) todas as mulheres. Desde pequenas treinamos para, um dia, carregarmos nosso próprio bebezinho nos braços. Mas, ao chegar a nossa vez, descobrimos que ser mãe é muito mais que amamentar, trocar fraldas, dar banho, pôr para dormir... Também exige bem mais conhecimento e sabedoria do que os que são oferecidos nos cursos sobre "como cuidar do seu filho". Ser mãe é uma coisa que nós não compreendemos até que nos tornemos uma. Essa experiência é cercada de amor e felicidade, mas também traz consigo inúmeros conflitos, dificuldades e crises. é nesse ponto que vamos tocar agora.
1) AMBIVALÊNCIA AFETIVA
A ambivalência afetiva é o conflito entre duas emoções opostas que estão operando ao mesmo tempo na mente de uma pessoa. Por exemplo, um filho pode nutrir compaixão e raiva pelo pai doente: compaixão por querer ajudar, cuidando dele e raiva por sentir-se preso a uma situação, numa relação de obrigação e privação.
A maternidade é permeada por emoções ambivalentes. Ao mesmo tempo em que a mãe quer cuidar do bebê e amá-lo, ela precisa lidar com a frustração de ver o seu corpo transformado, de não poder dormir mais como antes, de ser extremamente requisitada, sem tempo para descansar direito ou para cuidar plenamente de si mesma. Além disso, há a questão do casamento, que sofre um "baque" com a chegada de uma terceira pessoa. A mulher precisa dar mais atenção ao bebê e muitos maridos não conseguem lidar com o ciúme, com o fato de que não podem ter a prioridade no atendimento. O período do resguardo pode produzir um certo afastamento entre o casal, a sensação da perda de intimidade, do poder de sedução que um exercia sobre o outro. Isso faz com que a mulher se sinta insegura com relação ao seu papel de esposa, devido à sobreposição do seu papel de mãe, e tenha dificuldades de se reconhecer como uma mulher desejada, "poderosa".
Pode ocorrer também de os pais ficarem atemorizados, considerando-se incapazes de cuidar do bebê sozinhos, com medo de não darem conta do recado. O peso da responsabilidade pode trazer angústia e fazer com que superprotejam o bebê, não permitindo que outras pessoas o peguem no colo etc. Essa superproteção pode ser uma resposta inconsciente ao conflito que estão atravessando.
Toda essa ambivalência gera muita culpa, pois a sociedade disseminou a ideia de que o amor de mãe é incondicional. Assim, é inaceitável que uma mãe tenha raiva, por exemplo, do seu filho. Porém, o fato é que o amor materno não é inato; ele é fruto de uma decisão, de uma escolha racional. Caso contrário, ninguém jogaria o filho na lagoa ou o abandonaria em sacos plásticos pelos cantos da cidade. Sem falar que a adoção, nesse caso, seria impossível: como amar uma criança sem tê-la gerado?
Amamos quando decimos amar. Quando a mãe deixa de dormir para alimentar o bebê; quando deixa de comer as coisas que gosta para não afetar a qualidade do leite materno; quando deixa de fazer uma refeição para acudi-lo; em tudo isso, está tomando uma decisão favorável.
2) RECONHECER, DESABAFAR E REAGIR
Por causa do medo de ser julgada ou mal interpretada, a mulher tende a esconder suas reais emoções, guardando-as para si ou mascarando-as. Isso causa o efeito "panela de pressão", pois as emoções sempre buscarão um escape para aliviar a tensão. Assim, a mulher pode enfrentar com firmeza momentos de maior dificuldade e chorar horrores por motivos banais.
O primeiro passo é reconhecer sua dificuldade em lidar com suas emoções. Entenda que você não é a única a passar por esses conflitos. Todas as mulheres, em maior ou menor grau, passam por isso.
O segundo passo é desabafar. Nessa hora, uma amizade sincera, verdadeira e de confiança faz toda a diferença. Busque ajuda com uma pessoa que possa compreender o seu momento, orar por você e dar conselhos valiosos. Abra o seu coração, fale, desabafe. A cura vem quando expomos ao outro as nossas necessidades e aflições.
O terceiro passo é reagir! Reaja! A crise não é para derrubar você, mas para amadurecê-la e capacitá-la para exercer sua missão. Ter um filho nos ajuda a superar o egoísmo, a nos doarmos por inteiro a alguém de depende inteiramente de nós. Isso nos faz crescer, nos torna mais humanas, altruístas, amorosas. Tenha consciência de que esse momento de dependência total vai passar e, aos poucos, você poderá retomar suas atividades, seguir em frente com seus sonhos. Ter um filho não significa que você deve viver em total anulação, mas que você recebeu de Deus uma importante missão, uma herança, uma recompensa, um presente.
Em último lugar, quando a angústia bater, é só você olhar para o bercinho, sentir aquele cheirinho maravilhoso, ver aquele sorriso que desfaz toda nuvem de dúvida e faz tudo valer a pena.
Abraços!
Tatiana Malafaia, mamãe da Rebeca, com muito orgulho!
terça-feira, dezembro 07, 2010
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2 comentários:
Ser mãe é uma linda dádiva de Deus e até sermos mãe não sabemos realmente o q é ser Mãe...é muito mais que tudo q imaginei um dia...rs...Apesar das dificuldades e dessas mudanças todas q ocorrem em nossas vidas, olhar para eles e vê eles sorrindo,correndo, tagarelando como o meu Davi..rs..é tudo..o resta fica pequeno demais...Que amor gostoso e lindo demais!!
q fofinha
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