terça-feira, dezembro 07, 2010

Como lidar com os sentimentos negativos com respeito à maternidade?

Que a paz de Cristo seja com todos!

Resolvi escrever uma série de mensagens para as mamães que, assim como eu, passaram pelos dilemas trazidos pela maternidade.

A maternidade é o sonho de (quase) todas as mulheres. Desde pequenas treinamos para, um dia, carregarmos nosso próprio bebezinho nos braços. Mas, ao chegar a nossa vez, descobrimos que ser mãe é muito mais que amamentar, trocar fraldas, dar banho, pôr para dormir... Também exige bem mais conhecimento e sabedoria do que os que são oferecidos nos cursos sobre "como cuidar do seu filho". Ser mãe é uma coisa que nós não compreendemos até que nos tornemos uma. Essa experiência é cercada de amor e felicidade, mas também traz consigo inúmeros conflitos, dificuldades e crises. é nesse ponto que vamos tocar agora.

1) AMBIVALÊNCIA AFETIVA

A ambivalência afetiva é o conflito entre duas emoções opostas que estão operando ao mesmo tempo na mente de uma pessoa. Por exemplo, um filho pode nutrir compaixão e raiva pelo pai doente: compaixão por querer ajudar, cuidando dele e raiva por sentir-se preso a uma situação, numa relação de obrigação e privação.

A maternidade é permeada por emoções ambivalentes. Ao mesmo tempo em que a mãe quer cuidar do bebê e amá-lo, ela precisa lidar com a frustração de ver o seu corpo transformado, de não poder dormir mais como antes, de ser extremamente requisitada, sem tempo para descansar direito ou para cuidar plenamente de si mesma. Além disso, há a questão do casamento, que sofre um "baque" com a chegada de uma terceira pessoa. A mulher precisa dar mais atenção ao bebê e muitos maridos não conseguem lidar com o ciúme, com o fato de que não podem ter a prioridade no atendimento. O período do resguardo pode produzir um certo afastamento entre o casal, a sensação da perda de intimidade, do poder de sedução que um exercia sobre o outro. Isso faz com que a mulher se sinta insegura com relação ao seu papel de esposa, devido à sobreposição do seu papel de mãe, e tenha dificuldades de se reconhecer como uma mulher desejada, "poderosa".

Pode ocorrer também de os pais ficarem atemorizados, considerando-se incapazes de cuidar do bebê sozinhos, com medo de não darem conta do recado. O peso da responsabilidade pode trazer angústia e fazer com que superprotejam o bebê, não permitindo que outras pessoas o peguem no colo etc. Essa superproteção pode ser uma resposta inconsciente ao conflito que estão atravessando.

Toda essa ambivalência gera muita culpa, pois a sociedade disseminou a ideia de que o amor de mãe é incondicional. Assim, é inaceitável que uma mãe tenha raiva, por exemplo, do seu filho. Porém, o fato é que o amor materno não é inato; ele é fruto de uma decisão, de uma escolha racional. Caso contrário, ninguém jogaria o filho na lagoa ou o abandonaria em sacos plásticos pelos cantos da cidade. Sem falar que a adoção, nesse caso, seria impossível: como amar uma criança sem tê-la gerado?
Amamos quando decimos amar. Quando a mãe deixa de dormir para alimentar o bebê; quando deixa de comer as coisas que gosta para não afetar a qualidade do leite materno; quando deixa de fazer uma refeição para acudi-lo; em tudo isso, está tomando uma decisão favorável.

2) RECONHECER, DESABAFAR E REAGIR

Por causa do medo de ser julgada ou mal interpretada, a mulher tende a esconder suas reais emoções, guardando-as para si ou mascarando-as. Isso causa o efeito "panela de pressão", pois as emoções sempre buscarão um escape para aliviar a tensão. Assim, a mulher pode enfrentar com firmeza momentos de maior dificuldade e chorar horrores por motivos banais.

O primeiro passo é reconhecer sua dificuldade em lidar com suas emoções. Entenda que você não é a única a passar por esses conflitos. Todas as mulheres, em maior ou menor grau, passam por isso.

O segundo passo é desabafar. Nessa hora, uma amizade sincera, verdadeira e de confiança faz toda a diferença. Busque ajuda com uma pessoa que possa compreender o seu momento, orar por você e dar conselhos valiosos. Abra o seu coração, fale, desabafe. A cura vem quando expomos ao outro as nossas necessidades e aflições.

O terceiro passo é reagir! Reaja! A crise não é para derrubar você, mas para amadurecê-la e capacitá-la para exercer sua missão. Ter um filho nos ajuda a superar o egoísmo, a nos doarmos por inteiro a alguém de depende inteiramente de nós. Isso nos faz crescer, nos torna mais humanas, altruístas, amorosas. Tenha consciência de que esse momento de dependência total vai passar e, aos poucos, você poderá retomar suas atividades, seguir em frente com seus sonhos. Ter um filho não significa que você deve viver em total anulação, mas que você recebeu de Deus uma importante missão, uma herança, uma recompensa, um presente.

Em último lugar, quando a angústia bater, é só você olhar para o bercinho, sentir aquele cheirinho maravilhoso, ver aquele sorriso que desfaz toda nuvem de dúvida e faz tudo valer a pena.

Abraços!

Tatiana Malafaia, mamãe da Rebeca, com muito orgulho!

sábado, dezembro 04, 2010

Vencendo a baixa auto-estima

A paz do Senhor, amados!

Essa palavra é pra você que está atravessando o vale da baixa auto-estima, com relação ao seu chamado. Quando você está de mal consigo mesmo, começa a se comparar com os outros e vê, sente, que está aquém das outras pessoas. Daí, você passa a se depreciar, a achar que não serve para nada, pois vê tanta gente melhor, com mais bagagem, mais capaz ou mais desenvolvida... Você chega a pensar: "Pra que continuar"?

Em nossos dias, infelizmente, as pessoas medem o sucesso pelos números de vendas, pela exposição na mídia, pelo tal "carisma", pela aparência, e não pela fidelidade a Deus, pelo caráter. Isso nos leva a uma auto-cobrança muito grande e, por fim, à frustração.

Essa é uma armadilha do diabo para cativar as mentes e muitos caem nela. Quando isso acontece, a pessoa fica cega, não consegue enxergar o próprio valor, o quanto Deus a ama e quer usá-la com seu jeito único, especial, ainda que o seu estilo não corresponda à expectativa da maioria das pessoas.

Eu já passei por tudo isso e nesses momentos difíceis o Senhor me ensinou lições valiosas. Espero que sirva pra sua vida também.

1) O segredo do fracasso é querer agradar a todo mundo;
2) As promessas de Deus não são o lugar mais alto do pódio - Muita gente se considera especial porque o Senhor prometeu fazer isso ou aquilo em suas vidas. Mas as promessas estão no degrau mais baixo da nossa subida. Elas são o pontapé inicial para o cumprimento da obra de Deus;
3) Deus não quer que sejamos meras cópias uns dos outros. Ele quer que desenvolvamos nossa própria identidade - quantas vezes somos tentados a seguir o que está na moda?;
4) Deus me usa não por minhas qualidades, mas pela Sua graça. Nada do que eu faça é bastante para merecer o privilégio de ser trabalhada por Ele;
5) O Senhor permite que atravessemos vales dolorosos para desenvolver em nós a compaixão;
6) Não podemos dar mais crédito às palavras destruidoras de pessoas que não têm sabedoria do que às palavras do Senhor a nosso respeito;
7) Críticas sempre virão; não podemos agradar a todo mundo. Nem todos gostam do nosso jeito de ser ou se identificam conosco. As pessoas preferem nos criticar (principalmente pelas costas) a conversar conosco, cara a cara. Elas nos criticam pelos mais variados motivos, dentre eles inveja, ressentimento, sentimento de superioridade... Esquecem que, assim como alvejam as pessoas com palavras que não edificam, também podem se tornar um alvo fácil;
8) As palavras que mais nos machucam vêm de pessoas que fazem parte de algum círculo próximo - Tome cuidado com quem você compartilha seus pensamentos. Algumas pessoas não se importam com você de verdade, elas querem apenas saber as coisas;
9) Deus permite que enfrentemos momentos de solidão para que aprendamos a ouvir a Sua voz, sem interferências;
10)Ter fama, dinheiro e influência não é sinônimo de ter sucesso com Deus. Ser bem sucedido é estar no centro da vontade de Deus, não importando as circunstâncias.
11)Por amor a nós e ao Seu propósito, o Senhor não permitirá que comecemos no topo. Chegar ao topo é fácil, o difícil é manter-se lá. Deus quer que construamos a nossa carreira passo a passo, para que quando a sua obra alcançar notoriedade em nós, não nos esqueçamos de que tudo o que temos e somos vêm Dele.

Não deixe o inimigo semear dúvida em seu coração. Você foi chamado e escolhido para uma grande obra. Fique na sua posição e o Senhor guiará você por onde deve ir.

Deixo para meditação Gálatas 1.10-24, que fala sobre o chamado de Paulo.


Um grande abraço a todos!