terça-feira, julho 19, 2011

Promessas

É difícil encontrar alguém que não tenha uma promessa de Deus. De fato, Ele tem um propósito específico para cada ser humano. O Senhor muitas vezes compartilha com Seus filhos detalhes dos Seus planos, mostrando o que há de ser das nossas vidas, se formos fiéis e obedientes à Sua Palavra.
Embora tudo isso seja maravilhoso, precisamos constantemente avaliar o nosso coração e verificar se nós não nos tornamos escravos das promessas. Devemos tomar bastante cuidado para que não percamos o foco, que não retiremos os nossos olhos do DEUS que fez a promessa. Muitas pessoas vivem frustradas porque vivem em função das promessas, de "algo que ainda vai acontecer", mas parece que nunca chega. Elas deixam de viver o presente com uma vida abundante em Cristo porque não entendem que as promessas do Senhor começam a ser cumpridas no mesmo dia em que Ele falou. A falta de conhceimento a respeito da vontade do Pai faz com que aquilo que deveria produzir descanso para as almas, produza inquietação e enfraquecimento na fé. Por quê?
Primeiro porque ter uma promessa de Deus tem sido sinônimo de oportunidade de crescer, de expandir territórios, de construir impérios pessoais, de ganhar influência sobre outras pessoas. Tudo isso é lícito, mas não é a finalidade do plano de Deus. O Senhor pode exaltar aos Seus filhos nessa terra, dar-lhes posições de destaque e tudo o mais, mas essas coisas não são em si mesmas o propósito do Pai. Ele deseja estabelecer o Seu Reino, a cultura do céu entre os homens, e nós somos os embaixadores desse Reino. E uma maneira de isso acontecer é colocando no velador da casa aqueles cuja luz têm brilhado mais forte. Em alguns casos, esse velador é uma igreja; em outros uma nação. Portanto, qualquer coisa que recebermos das mãos dEle, seja fama, prestígio, honra ou influência, nada disso tem a ver conosco, mas com a instauração do Reino. Quem pensa que Deus faz algo para simplesmente exaltar uma pessoa está completamente equivocado.
Segundo, porque as pessoas têm dado mais importância às promessas que lhe dizem respeito apenas e deixam de lado as promessas que o Senhor liberou para o Seu povo como um todo. Questões pessoais têm sido mais relevantes do que as questões coletivas. Então, as pessoas gastam mais tempo correndo atrás de seus sonhos, de suas aspirações do que pensando no bem estar geral, na salvação do mundo, naqueles que estão sofrendo... Elas constantemente colocam o Senhor contra a parede e exigem dEle que cumpra aquilo que supostamente prometera, como se fosse necessário lembrar a Deus que Ele não pode mentir. A "promessa" estrutura tanto a vida dessa pessoa, que ela não consegue mais viver sem pensar nela todos os dias. Todo o seu relacionamento com Deus está baseado nesse "contrato", onde Deus disse que iria fazer dela tal e tal coisa, levá-la em tais e tais lugares, dar-lhe tais e tais coisas. Lembre-se: a Igreja é triunfante, e não triunfalista!
Terceiro, porque infelizmente muitas "promessas" de Deus são frutos de falsas profecias. É triste e revoltante saber que muitos dos que se dizem servos de Deus usam desse artifício para mostrar o quanto são poderosos e terem o ego massageado. Sem o temor do Senhor, proferem um monte de mentiras, causando uma grande expectativa naqueles que dão ouvidos às suas falácias. A intimidade com Deus tem sido para muitos um relacionamento a três: o crente, o profeta e o Senhor. Dá impressão de que a Palavra tem mais validade quando um homem a confirma. Que absurdo!
É claro que acredito nas profecias, mas sei que esse dom não existe para me fazer mais feliz, de bem comigo mesma ou para confirmar os desejos do meu coração. O propósito da profecia é exortar, consolar e edificar.
Em quarto lugar, as pessoas fazem das promessas um amuleto contra a morte. Quem nunca ouviu a máxima: "Quem tem promessa não morre"? É impressionante, mas a Bíblia prova o contrário. Leia Hebreus 11 e você verá que Abraão e todos os heróis da fé morreram sem alcançar as promessas.

"Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, e crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra" (vv 13).

Você já parou para pensar que há promessas que para serem cumpridas alguém tem que morrer? Jesus sabia que o Pai Lhe daria todo o poder no céu e na terra, que assentaria à destra de Deus, que salvaria a humanidade do pecado... Mas, para isso Ele precisaria morrer!

Onde temos colocado nossa esperança? Se o Senhor pedisse o seu Isaque, a sua promessa, você entregaria? Você serviria a Deus com fidelidade se Ele não tivesse lhe prometido nada? Será que você tem usado as promessas de Deus para esconder sentimentos vaidosos, luta por superioridade ou soberba?
Para que e para quem temos vivido?

terça-feira, junho 21, 2011

Torcicolo

No mundo, cada um vive para si e pensa somente no que lhe diz respeito. Ninguém se importa se na TV noticiam que morreram 4 aqui ou 3 ali. "Que bom que não foram 10, não é mesmo?" - esse é o pensamento. A realização pessoal é prioridade: o diploma, o concurso, o dinheiro, o casamento, a fartura. As pessoas não sentem constrangimento ao se vangloriarem por terem certas coisas, mesmo que a maioria não possa igualmente ter. "Se elas não podem, que culpa tenho?".
Elas entram no supermercado, consomem até dizer chega, mas não olham para o lado para ver se há alguma pessoa necessitada, contando as moedas na esperança de poder levar o iogurte. Esbanjam suas conquistas, pois "o que é de melhor é pra ser meu".
Ora, é óbvio que o ter, desde que seja de maneira honesta e decente, é lícito e até mesmo uma promessa para aqueles que obedecem ao Senhor. O problema ocorre quando somos acometidos por uma espécie de "torcicolo espiritual", que nos incapacita de olhar para o lado e ver o mundo sob a perspectiva do outro.
Tenho consciência da situação do mundo hoje, e me pergunto se estou fazendo parte deste sistema errôneo ou não. Examino criteriosamente a minha alma e tento achar alguma pista sobre indiferença, falta de empatia, frieza, distância. E me doi saber que, por vezes, me vejo "dançando conforme a música". Percebo no quanto as pessoas passam por mim todos os dias na rua e, como as desconheço, não me importo com elas. Depois penso que o mais correto, diante de tantas bênçãos recebidas, teria sido falar a uma por uma sobre o perdão e a graça que Deus tem para dar. Mas é tarde, elas já se foram.
No posto de gasolina, no mercado, na padaria, na lanchonete, no restaurante, na calçada, elas clamam, mas não as escuto. Perco a oportunidade de criar a oportunidade! Muitas vezes o amor à própria vida nos distrai.
Daí, lembro dos inúmeros testemunhos que já ouvi. Como é importante pra mim saber que pessoas foram transformadas, libertas, salvas pelo poder da Palavra de Deus, por causa do testemunho de Cristo na minha vida. Penso o que teria acontecido com essas pessoas se eu tivesse me omitido e mais ainda: o que acontecerá a outras se eu me acovardar?
Meus olhos se abrem e percebo o quanto os sentimentos negativos que tenho a repeito de mim mesma não podem me parar. Ter um ministério é muito mais que cantar ou pregar.

É mudar a direção de quem caminha para o inferno: é povoar o céu!
É saber que o céu não é só para mim, que o meu Amado não deve ser SÓ meu. É não se acomodar porque "legal, eu sou salvo e viverei com Cristo eternamente", enquanto não sentir que capturei todas as almas que Deus me confiou.

Vamos seguir o exemplo de abnegação deixado por Jesus:

"De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,
Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,
Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;
E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.
Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome;
Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra,
E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai." (Fp 2.5-11).

sexta-feira, junho 17, 2011

Cadê Jesus?

Aquela Páscoa tinha tudo para ser como todas as outras. Reunir a família, seguir rumo à Jerusalém, adorar ao Senhor e depois viajar de volta para casa. Posso imaginar que, durante a jornada, os parentes iam colocando o papo em dia, as crianças brincavam e de tempos em tempos eles paravam para um lanche. Todos muito alegres e satisfeitos por participarem da festa que os lembrava da triunfal libertação do Egito.
José e Maria estavam ali. Talvez conversando com amigos que não viam há séculos. Matando a saudade dos primos, tios, sobrinhos... Em meio a tanta gente, não perceberam que a Pessoa mais importante não estava ali. Então, abismados, fizeram a pergunta para a qual os pais temem não encontrar resposta: "Onde está nosso filho?".
"Mas, calma - ponderavam - pode ser que ele simplesmente esteja conversando com seus amigos ou parentes por aí. Não vamos nos desesperar a toa!". O problema é que, embora procurassem o rosto do jovem no meio da multidão, não puderam encontrá-LO. O casal não teve outra escolha a não ser percorrer o caminho de volta à Jerusalém e procurá-LO por lá.
Como eram simplesmente humanos, José e Maria certamente ficaram aflitos. Parece que posso ver a expressão de ansiedade que traziam. Quem sabe uma lágrima chegou a rolar dos olhos da mãe, aflita por não saber o que havia acontecido. Não dava para entender uma coisa dessas! Ele nunca havia se comportado mal, era um filho obediente e submisso. Jamais faria algo que prejudicasse seus pais.
Já havia se passado três dias, mas a lida parecia não ter fim. O medo de não encontrá-LO sufocava a alma; o cansaço físico e emocional esgotavam as esperanças.
Até que, como por uma dica do Deus Eterno, eles chegaram ao templo. E lá encontraram o Sumo Sacerdote ensinando aos doutores. Aquela cena parecia ter-lhes deixado em estado de choque. Como seu filho de doze anos poderia estar assentado em meio a homens renomados e cultos, explicando-lhes aquilo que não compreendiam a respeito das Escrituras?
O susto dá lugar ao alívio de terem, finalmente, achado o Desejado das Nações. E, quando Lhe perguntaram a respeito do que acontecera, simplesmente Ele lhes diz: "Por que vocês estavam me procurando? Vocês não sabiam que o meu desejo é cuidar dos negócios do meu Pai?". Silêncio total. Quando não se entende alguma coisa, é melhor apenas guardar no coração e ver no que dá.
Talvez você esteja aflito porque, no meio do caminho, percebeu que Jesus não estava mais ao seu lado. Em meio a tantas distrações, tudo parecia tão empolgante que você nem deu falta do Mestre. A festa estava tão boa que nem precisava da presença de Jesus para alegrá-la.
De repente, você se viu sozinho e se deu conta de que dons e talentos não são suficientes para dar sentido ao viver; cultos, congressos, pregações, festividades, evangelismos, reuniões, grupos de trabalho, orações, louvores... nada disso tem razão se não for por Jesus, para Jesus, de Jesus.
"Onde está Jesus? Como não percebi que Ele me deixou aqui no caminho?". A questão é que não foi Ele quem abandonou a sua vida. VOCÊ não O acompanhou por onde Ele decidiu andar. Você não ficou com Ele no templo mais um pouquinho. Você se contentou com o ritual apenas e foi-se embora com a caravana, não compreendendo que o melhor lugar para se estar não é onde desejamos estar, mas onde a real presença de Jesus se manifesta.
O que fazer nessa situação? Faça como diz Apocalipse 2.5: "Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras". Este versículo é um alerta, para que nos examinemos constantemente. Não importa há quanto tempo você serve a Deus ou os títulos que tem: nunca ceda à tentação de prosseguir sem Jesus.
Faça hoje uma análise e observe se você ainda permanece em Cristo. Ele tem sido o seu foco?
Não tenha medo de deixar a multidão e refazer todo o percurso. O Senhor permanecerá ali, esperando o seu retorno, no mesmo lugar onde você O deixou: no centro da vontade de Deus.

terça-feira, dezembro 07, 2010

Como lidar com os sentimentos negativos com respeito à maternidade?

Que a paz de Cristo seja com todos!

Resolvi escrever uma série de mensagens para as mamães que, assim como eu, passaram pelos dilemas trazidos pela maternidade.

A maternidade é o sonho de (quase) todas as mulheres. Desde pequenas treinamos para, um dia, carregarmos nosso próprio bebezinho nos braços. Mas, ao chegar a nossa vez, descobrimos que ser mãe é muito mais que amamentar, trocar fraldas, dar banho, pôr para dormir... Também exige bem mais conhecimento e sabedoria do que os que são oferecidos nos cursos sobre "como cuidar do seu filho". Ser mãe é uma coisa que nós não compreendemos até que nos tornemos uma. Essa experiência é cercada de amor e felicidade, mas também traz consigo inúmeros conflitos, dificuldades e crises. é nesse ponto que vamos tocar agora.

1) AMBIVALÊNCIA AFETIVA

A ambivalência afetiva é o conflito entre duas emoções opostas que estão operando ao mesmo tempo na mente de uma pessoa. Por exemplo, um filho pode nutrir compaixão e raiva pelo pai doente: compaixão por querer ajudar, cuidando dele e raiva por sentir-se preso a uma situação, numa relação de obrigação e privação.

A maternidade é permeada por emoções ambivalentes. Ao mesmo tempo em que a mãe quer cuidar do bebê e amá-lo, ela precisa lidar com a frustração de ver o seu corpo transformado, de não poder dormir mais como antes, de ser extremamente requisitada, sem tempo para descansar direito ou para cuidar plenamente de si mesma. Além disso, há a questão do casamento, que sofre um "baque" com a chegada de uma terceira pessoa. A mulher precisa dar mais atenção ao bebê e muitos maridos não conseguem lidar com o ciúme, com o fato de que não podem ter a prioridade no atendimento. O período do resguardo pode produzir um certo afastamento entre o casal, a sensação da perda de intimidade, do poder de sedução que um exercia sobre o outro. Isso faz com que a mulher se sinta insegura com relação ao seu papel de esposa, devido à sobreposição do seu papel de mãe, e tenha dificuldades de se reconhecer como uma mulher desejada, "poderosa".

Pode ocorrer também de os pais ficarem atemorizados, considerando-se incapazes de cuidar do bebê sozinhos, com medo de não darem conta do recado. O peso da responsabilidade pode trazer angústia e fazer com que superprotejam o bebê, não permitindo que outras pessoas o peguem no colo etc. Essa superproteção pode ser uma resposta inconsciente ao conflito que estão atravessando.

Toda essa ambivalência gera muita culpa, pois a sociedade disseminou a ideia de que o amor de mãe é incondicional. Assim, é inaceitável que uma mãe tenha raiva, por exemplo, do seu filho. Porém, o fato é que o amor materno não é inato; ele é fruto de uma decisão, de uma escolha racional. Caso contrário, ninguém jogaria o filho na lagoa ou o abandonaria em sacos plásticos pelos cantos da cidade. Sem falar que a adoção, nesse caso, seria impossível: como amar uma criança sem tê-la gerado?
Amamos quando decimos amar. Quando a mãe deixa de dormir para alimentar o bebê; quando deixa de comer as coisas que gosta para não afetar a qualidade do leite materno; quando deixa de fazer uma refeição para acudi-lo; em tudo isso, está tomando uma decisão favorável.

2) RECONHECER, DESABAFAR E REAGIR

Por causa do medo de ser julgada ou mal interpretada, a mulher tende a esconder suas reais emoções, guardando-as para si ou mascarando-as. Isso causa o efeito "panela de pressão", pois as emoções sempre buscarão um escape para aliviar a tensão. Assim, a mulher pode enfrentar com firmeza momentos de maior dificuldade e chorar horrores por motivos banais.

O primeiro passo é reconhecer sua dificuldade em lidar com suas emoções. Entenda que você não é a única a passar por esses conflitos. Todas as mulheres, em maior ou menor grau, passam por isso.

O segundo passo é desabafar. Nessa hora, uma amizade sincera, verdadeira e de confiança faz toda a diferença. Busque ajuda com uma pessoa que possa compreender o seu momento, orar por você e dar conselhos valiosos. Abra o seu coração, fale, desabafe. A cura vem quando expomos ao outro as nossas necessidades e aflições.

O terceiro passo é reagir! Reaja! A crise não é para derrubar você, mas para amadurecê-la e capacitá-la para exercer sua missão. Ter um filho nos ajuda a superar o egoísmo, a nos doarmos por inteiro a alguém de depende inteiramente de nós. Isso nos faz crescer, nos torna mais humanas, altruístas, amorosas. Tenha consciência de que esse momento de dependência total vai passar e, aos poucos, você poderá retomar suas atividades, seguir em frente com seus sonhos. Ter um filho não significa que você deve viver em total anulação, mas que você recebeu de Deus uma importante missão, uma herança, uma recompensa, um presente.

Em último lugar, quando a angústia bater, é só você olhar para o bercinho, sentir aquele cheirinho maravilhoso, ver aquele sorriso que desfaz toda nuvem de dúvida e faz tudo valer a pena.

Abraços!

Tatiana Malafaia, mamãe da Rebeca, com muito orgulho!

sábado, dezembro 04, 2010

Vencendo a baixa auto-estima

A paz do Senhor, amados!

Essa palavra é pra você que está atravessando o vale da baixa auto-estima, com relação ao seu chamado. Quando você está de mal consigo mesmo, começa a se comparar com os outros e vê, sente, que está aquém das outras pessoas. Daí, você passa a se depreciar, a achar que não serve para nada, pois vê tanta gente melhor, com mais bagagem, mais capaz ou mais desenvolvida... Você chega a pensar: "Pra que continuar"?

Em nossos dias, infelizmente, as pessoas medem o sucesso pelos números de vendas, pela exposição na mídia, pelo tal "carisma", pela aparência, e não pela fidelidade a Deus, pelo caráter. Isso nos leva a uma auto-cobrança muito grande e, por fim, à frustração.

Essa é uma armadilha do diabo para cativar as mentes e muitos caem nela. Quando isso acontece, a pessoa fica cega, não consegue enxergar o próprio valor, o quanto Deus a ama e quer usá-la com seu jeito único, especial, ainda que o seu estilo não corresponda à expectativa da maioria das pessoas.

Eu já passei por tudo isso e nesses momentos difíceis o Senhor me ensinou lições valiosas. Espero que sirva pra sua vida também.

1) O segredo do fracasso é querer agradar a todo mundo;
2) As promessas de Deus não são o lugar mais alto do pódio - Muita gente se considera especial porque o Senhor prometeu fazer isso ou aquilo em suas vidas. Mas as promessas estão no degrau mais baixo da nossa subida. Elas são o pontapé inicial para o cumprimento da obra de Deus;
3) Deus não quer que sejamos meras cópias uns dos outros. Ele quer que desenvolvamos nossa própria identidade - quantas vezes somos tentados a seguir o que está na moda?;
4) Deus me usa não por minhas qualidades, mas pela Sua graça. Nada do que eu faça é bastante para merecer o privilégio de ser trabalhada por Ele;
5) O Senhor permite que atravessemos vales dolorosos para desenvolver em nós a compaixão;
6) Não podemos dar mais crédito às palavras destruidoras de pessoas que não têm sabedoria do que às palavras do Senhor a nosso respeito;
7) Críticas sempre virão; não podemos agradar a todo mundo. Nem todos gostam do nosso jeito de ser ou se identificam conosco. As pessoas preferem nos criticar (principalmente pelas costas) a conversar conosco, cara a cara. Elas nos criticam pelos mais variados motivos, dentre eles inveja, ressentimento, sentimento de superioridade... Esquecem que, assim como alvejam as pessoas com palavras que não edificam, também podem se tornar um alvo fácil;
8) As palavras que mais nos machucam vêm de pessoas que fazem parte de algum círculo próximo - Tome cuidado com quem você compartilha seus pensamentos. Algumas pessoas não se importam com você de verdade, elas querem apenas saber as coisas;
9) Deus permite que enfrentemos momentos de solidão para que aprendamos a ouvir a Sua voz, sem interferências;
10)Ter fama, dinheiro e influência não é sinônimo de ter sucesso com Deus. Ser bem sucedido é estar no centro da vontade de Deus, não importando as circunstâncias.
11)Por amor a nós e ao Seu propósito, o Senhor não permitirá que comecemos no topo. Chegar ao topo é fácil, o difícil é manter-se lá. Deus quer que construamos a nossa carreira passo a passo, para que quando a sua obra alcançar notoriedade em nós, não nos esqueçamos de que tudo o que temos e somos vêm Dele.

Não deixe o inimigo semear dúvida em seu coração. Você foi chamado e escolhido para uma grande obra. Fique na sua posição e o Senhor guiará você por onde deve ir.

Deixo para meditação Gálatas 1.10-24, que fala sobre o chamado de Paulo.


Um grande abraço a todos!

terça-feira, julho 20, 2010

O problema do DEPOIS...

Eu estava relendo algumas postagens mais antigas aqui no blog e não pude deixar de rir de mim mesma. Percebi que em quase todas elas, prometia postar algo "depois". "Depois eu coloco uma foto", "depois eu coloco um gráfico", "depois eu conto pra vcs"...

Isso me fez refletir sobre o quanto deixamos de ser produtivos por causa dos "depois" da vida. Ao invés de resolvermos logo de cara nossos problemas, preferimos protelar uma tomada de decisão.

Não é a toa que um monte de gente se descobre, de repente, com um grave problema de saúde. Sentiu uma dorzinha aqui e outra ali, mas não procurou logo o médico. "Semana que vem eu vou". E nessa, a coisa só piora!

Com a vida espiritual é a mesma coisa! Toda virada de ano traz consigo inúmeras promessas de consagração, leitura bíblica, oração, jejum... tudo para o amanhã...

E os seus sonhos, eles têm ficado pra depois também? O seu chamado?

O tempo é o bem mais precioso dos nossos dias. Vamos seguir o conselho de Jesus, viver um dia após o outro, remindo o tempo!

Não deixe para depois o que você pode fazer HOJE!

Peça perdão, diga que ama, compre flores, escreva no blog, faça uma música, cozinhe algo diferente, pinte um quadro, toque a campainha de alguém, clame, ore, levante-se do chão, erga a cabeça!

Um grande abraço!

quarta-feira, julho 07, 2010

A difícil arte de ser um reserva

A Copa do Mundo está acabando e, para mim, foi uma excelente ocasião para refletir sobre alguns temas. Uma das coisas que me chamou bastante a atenção foi o banco de reservas.

Olhei para eles, ali, sentadinhos, esperando a oportunidade de jogar. Muitos deles treinaram horas a fio, pagaram o mesmo preço que os titulares para estarem em forma, dedicaram até sua última gota de suor para participarem do Mundial... e a maioria permaneceu sentada! A maioria não pôde mostrar todo seu futebol na África do Sul.
Essa aparente "injustiça" me fez admirar ainda mais os reservas. Considero-os herois.
Sabe por que?

Ser reserva é mais complicado que ser titular. Se algum titular se machuca, o reserva deve assumir a sua posição e fazer tanto quanto ou mais que o titular. Caso contrário, a torcida se abate, se decepciona; sente saudade do jogador que saiu; considera um erro a substituição.
O reserva tem poucos minutos para aquecer-se antes de entrar em campo, mas deve manter o mesmo ritmo, a mesma dinâmica, tal qual o titular que jogou quase que todo o tempo da partida.
O reserva deve fazer seu trabalho da melhor maneira possível, simplesmente para não sofrer com comparações dolorosas. Afinal, por melhor que seja sua performance em campo, muitos deles não têm a mesma fama, o mesmo sucesso, o mesmo número de seguidores, o mesmo status. Nesso ponto, eles precisam ser bem resolvidos, para reconhecer o próprio valor, ainda que os outros não o façam. Não importa se o jogador é um ídolo, um ícone ou não; o fato é que ele é um SELECIONADO! Para o técnico, cada jogador é único, peça importante do grande quebra-cabeças, que é a seleção.

Por tudo isso, é comum ver os reservas quietos, concentrados no jogo, em estado de alerta, pois a qualquer momento podem ser chamados pelo técnico. É incomum ver um selecionado se levantando para falar com o técnico, reclamar o desperdício de seu talento ou implorar por uma oportunidade de entrar em campo, para mostrar o que um jogador de verdade faz!
Os reservas sabem que todos os jogadores usufruem dos mesmos privilégios, pois fazem parte da SELEÇÃO! Mas sabem também que não serão cobrados como os 11 que estão disputando a partida, em cujos ombros há um peso muito maior de responsabilidade.

Interessante, é que TITULAR ou RESERVA pode ser qualquer um. Um dia, você está em campo, brilhando. No outro, você está sentado, torcendo, aplaudindo, aprendendo, descansando, recuperando-se de um ferimento...

Não há problema algum em ser reserva. O mundo focaliza os titulares, mas todos são essencialmente importantes. O técnico cobrará de cada um deles resultados, frutos, vitórias contra o adversário.

Um dia em campo, outro no banco. Cada momento é crucial.

Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!