É difícil encontrar alguém que não tenha uma promessa de Deus. De fato, Ele tem um propósito específico para cada ser humano. O Senhor muitas vezes compartilha com Seus filhos detalhes dos Seus planos, mostrando o que há de ser das nossas vidas, se formos fiéis e obedientes à Sua Palavra.
Embora tudo isso seja maravilhoso, precisamos constantemente avaliar o nosso coração e verificar se nós não nos tornamos escravos das promessas. Devemos tomar bastante cuidado para que não percamos o foco, que não retiremos os nossos olhos do DEUS que fez a promessa. Muitas pessoas vivem frustradas porque vivem em função das promessas, de "algo que ainda vai acontecer", mas parece que nunca chega. Elas deixam de viver o presente com uma vida abundante em Cristo porque não entendem que as promessas do Senhor começam a ser cumpridas no mesmo dia em que Ele falou. A falta de conhceimento a respeito da vontade do Pai faz com que aquilo que deveria produzir descanso para as almas, produza inquietação e enfraquecimento na fé. Por quê?
Primeiro porque ter uma promessa de Deus tem sido sinônimo de oportunidade de crescer, de expandir territórios, de construir impérios pessoais, de ganhar influência sobre outras pessoas. Tudo isso é lícito, mas não é a finalidade do plano de Deus. O Senhor pode exaltar aos Seus filhos nessa terra, dar-lhes posições de destaque e tudo o mais, mas essas coisas não são em si mesmas o propósito do Pai. Ele deseja estabelecer o Seu Reino, a cultura do céu entre os homens, e nós somos os embaixadores desse Reino. E uma maneira de isso acontecer é colocando no velador da casa aqueles cuja luz têm brilhado mais forte. Em alguns casos, esse velador é uma igreja; em outros uma nação. Portanto, qualquer coisa que recebermos das mãos dEle, seja fama, prestígio, honra ou influência, nada disso tem a ver conosco, mas com a instauração do Reino. Quem pensa que Deus faz algo para simplesmente exaltar uma pessoa está completamente equivocado.
Segundo, porque as pessoas têm dado mais importância às promessas que lhe dizem respeito apenas e deixam de lado as promessas que o Senhor liberou para o Seu povo como um todo. Questões pessoais têm sido mais relevantes do que as questões coletivas. Então, as pessoas gastam mais tempo correndo atrás de seus sonhos, de suas aspirações do que pensando no bem estar geral, na salvação do mundo, naqueles que estão sofrendo... Elas constantemente colocam o Senhor contra a parede e exigem dEle que cumpra aquilo que supostamente prometera, como se fosse necessário lembrar a Deus que Ele não pode mentir. A "promessa" estrutura tanto a vida dessa pessoa, que ela não consegue mais viver sem pensar nela todos os dias. Todo o seu relacionamento com Deus está baseado nesse "contrato", onde Deus disse que iria fazer dela tal e tal coisa, levá-la em tais e tais lugares, dar-lhe tais e tais coisas. Lembre-se: a Igreja é triunfante, e não triunfalista!
Terceiro, porque infelizmente muitas "promessas" de Deus são frutos de falsas profecias. É triste e revoltante saber que muitos dos que se dizem servos de Deus usam desse artifício para mostrar o quanto são poderosos e terem o ego massageado. Sem o temor do Senhor, proferem um monte de mentiras, causando uma grande expectativa naqueles que dão ouvidos às suas falácias. A intimidade com Deus tem sido para muitos um relacionamento a três: o crente, o profeta e o Senhor. Dá impressão de que a Palavra tem mais validade quando um homem a confirma. Que absurdo!
É claro que acredito nas profecias, mas sei que esse dom não existe para me fazer mais feliz, de bem comigo mesma ou para confirmar os desejos do meu coração. O propósito da profecia é exortar, consolar e edificar.
Em quarto lugar, as pessoas fazem das promessas um amuleto contra a morte. Quem nunca ouviu a máxima: "Quem tem promessa não morre"? É impressionante, mas a Bíblia prova o contrário. Leia Hebreus 11 e você verá que Abraão e todos os heróis da fé morreram sem alcançar as promessas.
"Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, e crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra" (vv 13).
Você já parou para pensar que há promessas que para serem cumpridas alguém tem que morrer? Jesus sabia que o Pai Lhe daria todo o poder no céu e na terra, que assentaria à destra de Deus, que salvaria a humanidade do pecado... Mas, para isso Ele precisaria morrer!
Onde temos colocado nossa esperança? Se o Senhor pedisse o seu Isaque, a sua promessa, você entregaria? Você serviria a Deus com fidelidade se Ele não tivesse lhe prometido nada? Será que você tem usado as promessas de Deus para esconder sentimentos vaidosos, luta por superioridade ou soberba?
Para que e para quem temos vivido?
terça-feira, julho 19, 2011
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