terça-feira, julho 20, 2010

O problema do DEPOIS...

Eu estava relendo algumas postagens mais antigas aqui no blog e não pude deixar de rir de mim mesma. Percebi que em quase todas elas, prometia postar algo "depois". "Depois eu coloco uma foto", "depois eu coloco um gráfico", "depois eu conto pra vcs"...

Isso me fez refletir sobre o quanto deixamos de ser produtivos por causa dos "depois" da vida. Ao invés de resolvermos logo de cara nossos problemas, preferimos protelar uma tomada de decisão.

Não é a toa que um monte de gente se descobre, de repente, com um grave problema de saúde. Sentiu uma dorzinha aqui e outra ali, mas não procurou logo o médico. "Semana que vem eu vou". E nessa, a coisa só piora!

Com a vida espiritual é a mesma coisa! Toda virada de ano traz consigo inúmeras promessas de consagração, leitura bíblica, oração, jejum... tudo para o amanhã...

E os seus sonhos, eles têm ficado pra depois também? O seu chamado?

O tempo é o bem mais precioso dos nossos dias. Vamos seguir o conselho de Jesus, viver um dia após o outro, remindo o tempo!

Não deixe para depois o que você pode fazer HOJE!

Peça perdão, diga que ama, compre flores, escreva no blog, faça uma música, cozinhe algo diferente, pinte um quadro, toque a campainha de alguém, clame, ore, levante-se do chão, erga a cabeça!

Um grande abraço!

quarta-feira, julho 07, 2010

A difícil arte de ser um reserva

A Copa do Mundo está acabando e, para mim, foi uma excelente ocasião para refletir sobre alguns temas. Uma das coisas que me chamou bastante a atenção foi o banco de reservas.

Olhei para eles, ali, sentadinhos, esperando a oportunidade de jogar. Muitos deles treinaram horas a fio, pagaram o mesmo preço que os titulares para estarem em forma, dedicaram até sua última gota de suor para participarem do Mundial... e a maioria permaneceu sentada! A maioria não pôde mostrar todo seu futebol na África do Sul.
Essa aparente "injustiça" me fez admirar ainda mais os reservas. Considero-os herois.
Sabe por que?

Ser reserva é mais complicado que ser titular. Se algum titular se machuca, o reserva deve assumir a sua posição e fazer tanto quanto ou mais que o titular. Caso contrário, a torcida se abate, se decepciona; sente saudade do jogador que saiu; considera um erro a substituição.
O reserva tem poucos minutos para aquecer-se antes de entrar em campo, mas deve manter o mesmo ritmo, a mesma dinâmica, tal qual o titular que jogou quase que todo o tempo da partida.
O reserva deve fazer seu trabalho da melhor maneira possível, simplesmente para não sofrer com comparações dolorosas. Afinal, por melhor que seja sua performance em campo, muitos deles não têm a mesma fama, o mesmo sucesso, o mesmo número de seguidores, o mesmo status. Nesso ponto, eles precisam ser bem resolvidos, para reconhecer o próprio valor, ainda que os outros não o façam. Não importa se o jogador é um ídolo, um ícone ou não; o fato é que ele é um SELECIONADO! Para o técnico, cada jogador é único, peça importante do grande quebra-cabeças, que é a seleção.

Por tudo isso, é comum ver os reservas quietos, concentrados no jogo, em estado de alerta, pois a qualquer momento podem ser chamados pelo técnico. É incomum ver um selecionado se levantando para falar com o técnico, reclamar o desperdício de seu talento ou implorar por uma oportunidade de entrar em campo, para mostrar o que um jogador de verdade faz!
Os reservas sabem que todos os jogadores usufruem dos mesmos privilégios, pois fazem parte da SELEÇÃO! Mas sabem também que não serão cobrados como os 11 que estão disputando a partida, em cujos ombros há um peso muito maior de responsabilidade.

Interessante, é que TITULAR ou RESERVA pode ser qualquer um. Um dia, você está em campo, brilhando. No outro, você está sentado, torcendo, aplaudindo, aprendendo, descansando, recuperando-se de um ferimento...

Não há problema algum em ser reserva. O mundo focaliza os titulares, mas todos são essencialmente importantes. O técnico cobrará de cada um deles resultados, frutos, vitórias contra o adversário.

Um dia em campo, outro no banco. Cada momento é crucial.

Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!