sexta-feira, outubro 31, 2008

terça-feira, outubro 14, 2008

Enquanto há tempo

A morte é um dos temas mais difíceis para o ser humano. A única perspectiva certa para o que nasce é a de que seu corpo sofrerá o dano da morte.
Embora muitos não gostem de falar sobre isso, Salomão nos garante que é melhor falar da morte do que da vida. Quanto mais me aproximo da realidade da morte, mais vida em mim mesma produzo. Aliás, se vivêssemos cada minuto da nossa vida pensando no fim dessa vida terrena, certamente muitas atitudes nossas mudariam.
Aprendi o por quê disso esses dias, quando tive que enfrentar a perda de um familiar que eu amava muito. Quando nos deparamos com a morte do outro, nos esbarramos na realidade de que, a qualquer momento, ela pode chegar até nós. Então, compreendemos o quanto a vida é um conto ligeiro, que a nossa juventude não é eterna e o nosso corpo é impotente contra diversas doenças, que não escolhem cor, sexo nem idade.
Isso faz com que a gente se importe com o que realmente interessa. Faz-nos chegar à mesma conclusão que o sábio obteve, de que tudo é vaidade. Para a sepultura ninguém leva fama, beleza, riquezas... hoje temos, amanhã podemos não ter mais... hoje somos "Fulano de tal", porém, nossos títulos, honras, prestígio, influência de nada valem contra os dias maus que teremos de enfrentar. Ajuda-nos a entender o quanto precisamos valorizar as pessoas pelo que elas são e demonstrar nosso amor por elas enquanto estão aqui conosco. Mais ainda, o quanto devemos pregar o Evangelho sem cessar, lutar em oração pela conversão dos nossos amigos, parentes, conhecidos...
Não, essa não é uma mensagem pessimista, apenas reflexiva.
Não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje. Peça perdão, ame, ore, pregue, valorize, doe-se aos seus...
Livre-se da culpa do que poderia ter feito e não fez. Proporcione a você mesmo uma consciência tranquila, do pagamento de pelo menos uma das parcelas da eterna dívida de amor que temos uns com os outros.

terça-feira, outubro 14, 2008

quarta-feira, outubro 01, 2008

A ansiedade e o crente

Quem nunca experimentou a ansiedade? Impossível! Ela faz parte do nosso ser e está intimamente ligada à nossa sobrevivência. Ansiedade é um sintoma de previsão de perigo. Graças a ela, olhamos para os lados antes de atravessar uma rua, para não sermos atropelados. A ansiedade te deixa "ligado", alerta, vigilante. Portanto, a ansiedade é algo que nos serve de proteção contra os mais diversos perigos.
O problema começa quando os níveis de ansiedade começam a subir. Em algumas pessoas, o nível de ansiedade é patológico, ou seja, faz com que a pessoa adoeça. A famosa Síndrome do Pânico é um exemplo disso. A pessoa prevê perigos o tempo todo, que na maioria das vezes não condizem com a realidade. Por exemplo, ela teme sofrer um enfarte, mas seu coração vai muito bem. Mas, nem sempre a pessoa adoece dessa forma. De qualquer maneira, a ansiedade exagerada traz desconforto, inquietação.
A sociedade atual é uma verdadeira fábrica de ansiosos.
O perigo de sermos excluídos do "grupo dos que estão podendo" nos desespera, nos faz sair em busca dos celulares de ponta, conhecermos o máximo de pessoas influentes possível, enchermos nossas agendas com compromissos, para termos o que apresentar aos outros, como prova de que somos muito requisitados.
Em nome dessa ansiedade, muitos têm abandonado o propósito de Deus para suas vidas. Querem uma pessoa de Deus ao seu lado, mas não aguentam aguardar o tempo do Senhor. não são poucos os que abrem mão da sua pureza, envolvendo-se com pessoas que não têm compromisso com Deus.
Em nome dessa ansiedade, pessoas têm sido consagradas a cargos e ocupações para as quais não foram chamadas. Depois, encaram a realidade e se frustram.
A ansiedade fora do controle nos faz desacreditar em Deus. Ela turva a nossa visão, nos apresenta um Deus que não quer nos abençoar, mas que ama nos fazer esperar horas, anos a fio!
Mas, o que seria da vida com Deus sem a sala de espera? Se estivermos ligados à Sua vontade, ali podemos ter contato com a Sua bondade, Sua misericórdia, Sua graça. Quando, finalmente, Ele nos convida a tomarmos posse daquilo que esperamos, num segundo somos capazes de compreender e anestesiar em nossa mente todo o sofrimento do tempo da espera.
Se você tem andado ansioso, demasiadamente preocupado com "o que será de você", Jesus é o teu socorro. Ele está disposto a carregar suas ansiedades: "Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós" (1 Pedro 5.7). Ele nos falou a respeito da confiança que devemos ter em Deus (leia Mateus 6.19-34). Não uma confiança preguiçosa, onde ficamos deitados na rede esperando a provisão divina. Mas, a confiança de que, tudo aquilo que estiver fora do nosso alcance realizar, o Senhor o fará.